quarta-feira, 27 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Provoque o seu Brasil




Envie um vídeo provocativo de até 1 minuto sobre o Brasil em que você vive: pode ser o seu bairro, a sua comunidade, a sua rua ou algum lugar que faça parte do seu dia-a-dia. O melhor vídeo será selecionado pela produção do programa, e ganhará uma caixa com 8 DVDs do Provocações.

http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/concurso

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Como proceder no registro em vídeo de uma obra cênica

estudo de caso: abajur lilas - Tatiana Duarte e Melissa Velasques
Como fazer um registro de uma obra interferindo no mínimo seu significado e não alterando linguagem.

Isso é uma prévia de um desejo de transformar isso em uma pesquisa e provavelmente em um artigo científico, ainda não fui pesquisar referências e nem me aprofundar em anotações.
Pretendo sim não ficar apenas na teoria e sim colocar as mangas de fora para prosseguir e ir mais afundo, e ver se tudo que pesquisei realmente pode ser empregado, e ver minhas dificuldades, mas isso já é outro assunto.
O meu desejo partiu do momento que registrei um pequeno fragmento da peça "abajur lilas" encenado por Tatiana Duarte e Melissa Velasques. Neste registro, utilizei uma câmera parada, e tentei deixar meu olhar ir percorrendo a narrativa da peça, focando e direcionando a câmera juntamente com meu olhar, percebi que no resultado final, eu interferi na obra, acabei criando minha leitura como espectador do registro.

quem quiser assitir:



Como fazer um registro de maneira que fique menos obvio o olhar do espectador?

Imagino diversas possibilidades, câmera parada pegando o palco todo, enquadramento corpo todo nos atores, mas em que momento não iremos perder a narrativa e tornar apenas um registro simbólico e não uma documentação autoral.
Penso que o diretor do espetáculo deve sim interferir na maneira de como será feito esse registro, mas penso também se isso não se tornará uma outra obra, até que ponto isso não se tornará mais um registro e sim uma obra visual. Temos atores encenando, uma iluminação, um diretor que conduzirá essa narrativa, isso não se torna cinema? seria então oque? um documentário sobre a peça ou uma obra de ficção?

Como se tornar neutro? Como não se tornar um diretor? como não se tornar apenas um espectador?



Assistindo SescTv, percebi uma linguagem recorrente, parece até mesmo um clichê, é plano aberto quando há movimentação e planos mais fechados quando não há muita movimentação, seria essa a fórmula, será que não podemos tirar mais proveitos da obra?
Vi neste mesmo SescTv então uma obra que modificou minha percepção, tanto pelos seus acertos, tanto pelos erros desvirtuadores de linguagem, a obra que assisti foi "O Cego e o Louco".

Nos pontos assertivos que me levaram a fazer este texto foram uma preocupação em transformar essa peça de teatro em algo novo. Ela não é mais uma peça, o seu cenário foi nitidamente "apertado", e o posicionamento das câmeras mais intimista, nitidamente se vê uma preocupação em captar esse momento, mas ao mesmo tempo está claro que estamos assistindo uma peça de teatro, e não outro tipo de obra.
Fica claro que é uma peça de teatro pelos pequenos cuidados que nos levam para este meio, como uma iluminação evidente, os pontos de luz usados não são escondidos, há um tablado, e a câmera e de certa maneira é inquieta, de maneira viva e não apenas um ponto fixo e parado, ela nos coloca dentro do ambiente onde foi feito o espetáculo e não dentro do ambiente de encenação, estamos dentro de um teatro, e não mais em nossas casas.
Alguns pontos sim ficam claros que quem conduziu esta obra quis se utilizar de outra linguagem, em alguns momentos sim ela é cinema, e não mais um registro de teatro, há cortes evidentes, há posicionamento de câmeras que interferem na linguagem, ele se põe dentro demasiadamente da obra, assim como "efeitos especiais" que descaracterizam por completo a linguagem teatro e sim dando um foco a linguagem cinema.

Faço esses paradigmas porque minha preocupação nessa futura pesquisa é justamente essa, até que ponto isso vai ser registro de teatro ou vai ser cinema, minha grande preocupação é essa. Sei que tenho como dever de casa assistir mais teatro e ver mais cinema, não que já não a faço, mas sim agora com outro olhar, de um espectador mais crítico.

Muitos questionamentos e muitas perguntas para serem respondidas, se alguém souber de alguma coisa que me ajuda manda pra mim por favor. Conforme eu for pesquisando eu informo vocês.